Friday 22 November 2024 - 02:50

Dr. Mohsen SHATERZADEH

Managing Director Fan Avaran Energy Pak Co.


Assistant Professor

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Brasil quer importar fertilizantes do Irã 2008 / 07/ 23

A cooperação entre Brasil e Irã no setor agropecuário foi tema do encontro do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, e o embaixador do Irã, Mohsen Shaterzadeh, realizado no último dia 23. Stephanes demonstrou interesse em importar fertilizante iraniano. "Mais da metade do que precisamos, temos que importar. O País importa, hoje, 15 milhões de toneladas de fertilizantes e o Irã é forte em nitrogenados", afirmou.


Shaterzadeh informou que o Irã possui interesse em atender a essa necessidade do Brasil e que, por outro lado, os alimentos produzidos no País têm espaço no golfo Pérsico, onde a população chega a 350 milhões de habitantes em países como Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Qatar, Bahrein, Kuwait, Iraque e Irã.

O Irã comprou do Brasil, em 2007, mais de US$ 1,5 bilhão em produtos do agronegócio. Já o Brasil importou, no mesmo período, US$ 3,8 milhões.

A transferência de conhecimento tecnológico também esteve na pauta do encontro. Segundo o embaixador, o Irã tem cinco mil pesquisadores e, por isso, quer realizar cooperação técnica com o Brasil nos setores de biotecnologia e produção de vacinas veterinárias. Além disso, o Irã pretende incrementar a produção de milho e soja com o know-how brasileiro.

O próximo passo para o entendimento Brasil e Irã será a apresentação formal das prioridades pelos ministros da Agricultura dos dois países, para assinatura do acordo de cooperação.

GOVERNO CRIA GRUPO DE DEBATES SOBRE FERTILIZANTES

O governo institui no próximo dia 28 um grupo-tarefa que fará estudos sobre o mercado de fertilizantes no País e encaminhará medidas para elevar a oferta interna. A decisão foi tomada no dia 23 em reunião do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. A primeira reunião do grupo tarefa acontecerá na semana que vem. "A oferta de insumos é uma questão de segurança nacional", afirmou Stephanes.

O ministro disse que além da Agricultura devem participar do grupo, que será coordenado pela Casa Civil, representantes do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia e da Petrobras. Stephanes lembrou que há dez meses o ministério avalia os mercados mundial e interno de fertilizantes, cujas matérias-primas são em grande parte importadas.

No caso do potássio (92% importado), o ministro lembrou que há apenas quatro países fornecedores no mundo, que são explorados por apenas três empresas. "Somos dependentes e vulneráveis", afirmou. Quanto ao fósforo, o ministro lembrou que 60% do consumo interno é atendido com produto importado. No caso dos nitrogenados, a importação alcança metade da demanda interna. Para os nitrogenados, a idéia do ministro é pedir maior participação da Petrobras

Quanto ao fósforo, Stephanes relatou que há minas distribuídas em todo o território nacional e voltou a defender a alteração do marco regulatório que permite a exploração das jazidas por empresas privadas. "É preciso uma política mais agressiva de exploração", disse, ao lembrar que a idéia é gerar auto-suficiência em um período de cinco a dez anos. Há uma mina no Mato Grosso, por exemplo, mas não foram feitos estudos para dimensionar o potencial de produção do insumo no Estado.

Sobre o potássio o ministro disse haver uma "província" no Estado do Amazonas, mas que há poucos estudos sobre seu potencial. A jazida foi descoberta por conta da exploração de petróleo na região. Do mesmo modo, há minas de potássio na Bahia, mas o governo não conhece seu potencial, disse o ministro.

Sobre as minas da Vale do Rio Doce em Sergipe, ele disse que a empresa deve iniciar a exploração em uma segunda unidade, o que poderá dobrar ou triplicar a capacidade dessas áreas.
no mercado. Se a empresa aceitar, Stephanes acredita que em quatro ou cinco anos será possível aumentar a oferta.

منبع:agrosoft

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