“Esse crime mostrou a verdadeira natureza do regime sionista de Israel. Ninguém pode justificar esse ato criminoso do regime sionista e sanguinário. É um crime contra a humanidade de um regime que é muito além do fascismo”, afirmou o diplomata. “É um crime de guerra, mas não pretendemos responder de forma militar. Não tem necessidade de o Irã ter uma guerra com Israel. Felizmente, no mundo, há tantos pacifista e defensores da Justiça e da humanidade que eles mesmos vão forçar e estão forçando esse regime sionista contra esses crimes”, complementou.
Nesta segunda, forças da Marinha de Israel lançaram um assalto contra uma frota humanitária integrada por ativistas de diferentes países que se dirigia a Gaza para entregar produtos de primeira necessidade e medicamentos aos palestinos. A operação das forças israelenses resultou na morte de ao menos nove agentes humanitários e deixou vários feridos, entre ativistas e soldados de Israel. A ação da Marinha de Israel resultou na detenção de 480 ativistas, que permaneciam detidos em Ashod, ao sul do país. O grupo seria interrogado nesta terça. Outras 48 pessoas, que também estavam nos navios e foram detidos, esperavam no Aeroporto Internacional Ben Gurion para serem deportadas a seus países de origem, anunciou a rádio pública israelense.
O embaixador iraniano afirmou que a ação de Israel despertou revolta e repúdio de toda a sociedade mundial: “O crime que os sionistas cometeram ontem reforçou o mal estar de todas as organizações defensoras dos direitos humanos e também o repúdio de toda a sociedade internacional.”
Programa nuclear
Ao comentar a declaração de Teerã, acordo firmado entre Irã, Brasil e
Turquia que prevê o envido de urânio levemente enriquecido do Irã para a
território turco, o embaixador afirmou que “a história, no futuro, vai
lembrar o bom ato que foi feito sobre a declaração”. Ele argumentou que a
declaração “demonstrou respeito mútuo entre os países, respeito à
Justiça, e simbolizou sucesso e avanço” na polêmica nuclear que envolve o
regime iraniano e as principais potências mundiais: “Países emergentes
como Brasil, Irã e Turquia demonstraram que eles são parte desse sistema
internacional de respeito. Nunca conseguimos confiar nos EUA e em
alguns países ocidentais. O Irã não faz armas atômicas, nem nunca vai
fazer. Defendemos o desarmamento nuclear.”
Para o embaixador, ao assinar o acordo com Brasil e Turquia, o Irã “claramente demonstrou aceitar a troca de urânio por combustível” e “demonstrou claramente que suas atividades são pacíficas”: “Tudo isso revelou as mentiras de países como o EUA (sobre a intenção do Irã de fabricar a bomba)”.
Mohsen também elogiou a diplomacia brasileira, afirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuou “com inteligência” nas negociações. “A diplomacia brasileira e o presidente Lula trabalharam com muita inteligência e sucesso. Ele sabe a realidade no Oriente Médio. As autoridades brasileiras se posicionam baseados na Justiça e nos direitos humanos”, afirmou. “A declaração de Teerã era um primeiro passo. No futuro, esses países emergentes vão avançar e vão ter atividades com sucesso e o Brasil é um desses países”, complementou.
منبع: G1 Mundo
- By Mohsen Shaterzadeh
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