O embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, convidou nesta segunda-feira a presidente Dilma Rousseff a visitar o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em Teerã. Ainda não existe uma data específica para a viagem da nova presidente, que deve privilegiar primeiro países vizinhos, como Argentina e Peru, além dos Estados Unidos e China.
De acordo com o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, o futuro de Sakineh Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento por adultério e suposto envolvimento no assassinato do marido, foi tratado como um misto de respeito aos direitos humanos e ao princípio de auto-determinação entre os países.
"Mencionei que havia da parte da sociedade brasileira uma sensibilidade muito grande para os temas relacionados com os direitos humanos. Mencionei o fato de que nós tínhamos sido exitosos em algumas demandas, mas que sempre o que caracterizava a posição brasileira, não só em relação ao Irã, mas em relação a qualquer país, é a tentativa de combinação entre respeito aos direitos humanos e respeito a auto-determinação dos países", afirmou Garcia.
"A reação foi uma reação filosófica. Chegamos à conclusão de que essa é uma discussão extremamente interessante e que devemos continuar a fazê-la. Tomaram nota e quando se toma nota é uma boa coisa", disse o assessor.
Separadamente, Shaterzadeh, que foi recebido no Palácio do Planalto por Garcia, não comentou em detalhes o teor da conversa que manteve com o representante do governo brasileiro. De acordo com o assessor presidencial, Brasil e Irã também no governo Dilma voltarão a discutir uma maneira que se possa "materializar efetivamente um acordo sobre o uso de energia nuclear exclusivamente para fins pacíficos no Irã".
منبع: Redação Terra
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