Wednesday 8 May 2024 - 14:09

Dr. Mohsen SHATERZADEH

Managing Director Fan Avaran Energy Pak Co.


Assistant Professor

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32º aniversário da Revolução Islâmica do Irã comemorado em Brasilia 2011 / 02 / 11


 O embaixador iraniano no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, recebe os convidados para as comemorações pelo 32° aniversário da Revolução Islâmica Iraniana

 

O embaixador iraniano no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, recebeu na noite da última sexta-feira (11/02) em sua Embaixada em Brasília, convidados, autoridades e o corpo diplomático instalado na Capital, para as  comemorações pelo 32º aniversário da Revolução Islâmica Iraniana. Presentes na ocasião o presidente da Corte Arbitral do Brasil Milton Atanazio e os os diretores de Assuntos Diplomáticos e Cultural, Nelson de Magalhães Peres e Dornelho Vargas, respectivamente.Na oportunidade, o embaixador  mencionou alguns pontos persistentes e atuais que se fazem presente no mundo islâmico, como as questões geopolíticas e tecnológicas, a relação com o Ocidente, além da conjuntura Irã e Brasil.

A Revolução Islâmica do Irã chega aos 32 anos com pontos positivo em diversos parâmetros da vida sociopolítica, econômica e, significativamente, na científica. Até 1979, o Irã era um dos maiores aliados dos Estados Unidos na região - estratégica por abrigar a maior parte das reservas mundiais de petróleo. Naquele ano, o país sofreu a Revolução Islâmica, que resultou na deposição do Xá (imperador) Reza Pahlevi e na posse do aiatolá (chefe religioso) Ruhollah Khomeini como líder máximo do país. Khomeini defendia a expansão da revolução, o que criou atritos com outras nações do Oriente Médio, e criticava abertamente os Estados Unidos, acusando-os de corromper os valores islâmicos.

A Revolução

Mohsen Shaterzadeh destacou que a “Revolução Islâmica do Irã começou como um movimento popular pela democratização e terminou com a criação do primeiro Estado islâmico”. O episódio transformou completamente a estrutura social do país e foi um dos momentos que marcaram o século 20.Antes da revolução, o Irã era governado pelo Xá Reza Pahlevi. “O poder era concentrado dentro de seu círculo de amigos e aliados. A desigualdade entre ricos e pobres se aprofundou nos anos 1970”, destacou o embaixador.

Relação Irã-Brasil

Para o embaixador Shaterzadeh, as relações diplomáticas com o Brasil continuam em diálogo pleno e idêntico: “As relações com o Brasil continuam com a mesma intensidade. No entanto, com o surgimento de dúvidas resolveremos com o diálogo”, destacou o embaixador, referindo-se a questões culturais, como o caso da iraniana Sakineh, condenada à morte por apedrejamento.  “Existem muitos boatos sobre a relação Brasil e Irã. Coisas de invejosos. Os dois países acreditam na não intervenção em assuntos internos e não utilizam questões de direitos humanos em suas negociações”, ponderou.

Avanço tecnológico

Desde o dia 11 de fevereiro de 1979, o Irã investe em desenvolvimento científico e tecnológico. “Isto mostra a forte presença do país em questões dessa natureza”, afirma o embaixador, com destaque para a tecnologia aeroespacial, exploração de petróleo, biotecnologia e na nanotecnologia, especialmente em produção nuclear. “Com os avanços, o Irã tem o índice de crescimento tecnológico onze vezes maior do que a média mundial”. Segundo Shaterzadeh, 1% do PIB é repassado para estudos tecnológicos – 70 bilhões é o PIB anual do Irã.

Os acordos de cooperação científica já existem com 36 países, em todos os continentes e em todos existe uma cláusula de transferência de conhecimento. Hoje o Irã fabrica aeronaves não tripuladas com alcance de mais de 1000 km. , assim como submarinos, tanques, mísseis e navios militares para defender a soberania nacional.“Acreditamos que o conhecimento tecnológico tem que ser compartilhado entre todos os povos”, enfatizou.

Com o isolamento do Irã, “tivemos que apostar na evolução tecnológica. Investimos pesado na educação de bases e nas universidades. Passamos os últimos 25 anos aprimorando os estudos e agora pensamos nos próximos 20 anos”.

Área Social

Na área social os avanços foram de tal ordem que superam o Brasil em vários índices de desenvolvimento humano. Em trinta e dois anos de revolução se atingiu um número de universitários,  proporcionalmente maior que o nosso, sendo que 65% das cadeiras, são ocupadas por mulheres. Aumentou-se de 60 universidades para mais de 400 na revolução islâmica,cinco milhões de universitários para uma população de pouco mais de 70 milhões de habitantes.

Nos índices de saúde pública aumentaram o tempo de vida média para 72 anos às mulheres e 62 anos os homens, quando antes da revolução, no tempo do títere Reza Phalevi imposto pelos americanos esta média de idade era de apenas 52 para as mulheres e 49 para os homens. A população alfabetizada pulou de 50% para 99% nos dias de hoje.   


منبع: Últimas Notícias

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