جمعه ۲ آذر ۱۴۰۳ - ۰۸:۳۲

دکتر محسن شاطرزاده

مدیرعامل شرکت فن آوران انرژی پاک مجری اولین نیروگاه 100 مگاواتی بادی در شهرستان خواف استان خراسان


عضو هیات علمی ؛ استادیار

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Embaixador: Irã é um país livre e busca a paz como o Brasil 2009 / 11 / 20

Às vésperas da visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, o embaixador iraniano em Brasília, Mohsen Shaterzadeh, disse que em seu país predominam a democracia e o respeito aos direitos humanos e políticos. Segundo Shaterzadeh, o Brasil e o Irã tem muito em comum quanto à busca pela paz e em relação aos programas de combate à fome. O diplomata acredita que nenhuma nação influenciará o governo brasileiro para evitar relações com o Irã.

"No Irã, ninguém está preso por causa da opinião política", afirmou. Os que perturbaram a segurança, segundo o embaixador, são grupos de criminosos que danificaram bens públicos e por isso estão sendo julgados na Justiça.

Ele também rebateu as suspeitas de produção de armas nucleares e as acusações de que Ahmadinejad persegue opositores e contrários ao regime político. Para o diplomata, Brasil e Irã "têm papéis importantes no cenário internacional" que são mudar o quadro do unilateralismo dominado pelos países ricos. "Para nós, o Brasil é um país forte e independente", disse.

Veja os principais trechos da entrevista concedida à Agência Brasil.

O presidente Ahmadinejad vem ao Brasil acompanhado por uma grande comitiva de empresários e ministros? Qual o significado dessa visita para o Irã?

Mohsen Shaterzadeh: O Brasil e o Irã têm papéis importantes no cenário internacional, pois o unilateralismo já desapareceu. E o multilateralismo surge com o aparecimento de grandes emergentes, como o Brasil, Irã, a China, África do Sul, o México, a Índia e outros. O Brasil e o Irã têm programas comuns de combate à pobreza, a busca pela paz e justiça social, além da reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) . A solução para a paz no Oriente Médio é um desses assuntos. Queremos que os palestinos voltem à sua terra e defendemos a eleição livre. Para nós, o Brasil é um país forte e independente. Na visita do presidente (iraniano a Brasília) serão firmados 23 acordos (em diversas áreas comerciais e sociais) .

As pressões externas contrárias podem atrapalhar algum desses acordos?

Shaterzadeh: Nós achamos que pressão dos Estados Unidos não vai afetar os projetos (negociados entre o Brasil e o Irã) . Acreditamos que nenhum outro país influenciará o Brasil. Por exemplo, atualmente a Petrobras trabalha no sul do Irã. O escritório da empresa brasileira no Oriente Médio fica em Teerã e há várias empresas iranianas que querem atuar no Brasil. O Irã é o coração energético do mundo.

Por que há suspeitas de que o Irã produza energia nuclear para fins não pacíficos e segundo organismos internacionais, existe ocultação de armas?

Shaterzadeh: Houve mais de 30 visitas (de inspetores internacionais) ao Irã para verificar o programa de energia nuclear. Eles não relataram ter localizado nada ao contrário do permitido pelas autoridades estrangeiras. Não temos nada escondido. Todas as informações são claras. (Essas informações de suspeitas contra o Irã) são notícias que as potências querem divulgar, mas não têm base oficial. Todas as atividades exercidas no Irã são para a área pacífica, medicinal, de agricultura, de engenharia e outras. O Irã, várias vezes, divulgou sua posição. Todos sabem que os objetivos são para fins pacíficos e não militares.

O presidente Ahmadinejad é acusado de desrespeitar os direitos humanos, de perseguir opositores políticos e implementar uma política de opressão. Essa é a realidade no Irã?

Shaterzadeh: O Irã é um país livre. A democracia é da natureza iraniana. No Irã, o voto não é obrigatório. Não há conflito (político) . As manifestações contrárias (registradas pela imprensa em reação à eleição de Ahmadinejad, que venceu com 64% dos votos sob suspeita de fraudes nos resultados) existem em todos os países. O problema é a mídia ocidental. Mas a oposição existe (no Irã) . Não tem presos políticos. Todos os que foram detidos estão à disposição da Justiça. No Irã, ninguém está preso por causa da opinião política. Os que entraram perturbando a segurança são elementos que integram grupos de criminosos que danificaram bens públicos.

A visita do presidente Ahmadinejad é alvo de manifestações e protestos no Brasil. Por que, por onde passa, ele é tão polêmico? Isso não gera um desconforto para os senhores?

Shaterzadeh: É mentira que o presidente desrespeite os direitos humanos e políticos. No Irã, o governo não tem direito de intervir na Justiça. O Judiciário iraniano é independente. Hoje em dia, os meios de comunicação estão a serviço (das potências) ocidentais que produzem mentiras e informações contrárias ao Irã. Por exemplo, a Constituição considera e aceita o judaísmo como religião. Há um representante (deputado federal) dos judeus no Parlamento. No Irã, judeus, cristãos e muçulmanos vivem em paz. Os sionistas que pertencem a partidos políticos que cometem crimes e que não pensam no bem da população. Eles é que divulgam notícias controvertidas. Isso é que deve ser esclarecido.  



منبع: notícia brasil

  • توسط محسن شاطرزاده
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