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دکتر محسن شاطرزاده

مدیرعامل شرکت فن آوران انرژی پاک مجری اولین نیروگاه 100 مگاواتی بادی در شهرستان خواف استان خراسان


عضو هیات علمی ؛ استادیار

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Irã começa enriquecimento de urânio a 20% 2010 / 02 / 09

O Irã começou nesta terça-feira (9/2) o enriquecimento de urânio a 20% na usina nuclear de Natanz, segundo informações divulgadas pela TV estatal Al-Alam. De acordo com a emissora, o processo está sendo acompanhado por inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).

A decisão foi anunciada no último domingo (7/2) pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad e colocou o país em oposição a uma parte da comunidade internacional.

O governo iraniano nega que a fórmula mais elaborada do urânio tenha fins não pacíficos como a produção de bombas atômicas, por exemplo. Em discursos públicos, Ahmadinejad costuma acusar os inimigos do Irã de articulação contra o progresso nuclear e tecnológico do país.

Embaixador do Irã compara Programa Nuclear iraniano ao brasileiro e elogia apoio

O embaixador iraniano no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, elogiou o apoio brasileiro à decisão do presidente Mahmoud Ahmadinejad de enriquecer o urânio a 20%. A medida é condenada por parte da comunidade internacional. O diplomata comparou o Programa Nuclear do Irã ao desenvolvido no Brasil. Críticos de Ahmadinejad suspeitam do uso para fins militares – fabricação de bombas – do urânio enriquecido.

Shaterzadeh rebateu as suspeitas e negou que Ahmadinejad tenha planos de fabricação de armas e bombas. “Países como Brasil e Irã não querem usar energia nuclear para produzir armas. A energia nuclear no Irã como no Brasil é para a área de medicina, agricultura. Esse é o direito de aproveitar da tecnologia para o bem-estar da população”, disse durante entrevista coletiva pela manhã.

Em seguida, o embaixador acrescentou que o país confia no Brasil. “Acreditamos que as autoridades brasileiras têm conhecimento da situação e posição iraniana. O Brasil, pelo contrário de outros países que tiveram fortes reações, não é um país que pensa em colonizar outro país.”

Para o diplomata, os países liderados pelos Estados Unidos – seguidos pela Inglaterra, Alemanha e França – que suspeitam do Irã deveriam dar o exemplo a partir de si e questionou uma mudança de posição. “Os que tiveram grande reação têm fortes armamentos nucleares. Se eles falassem a verdade, primeiro eles destruiriam o armamento nuclear deles e depois dariam conselhos.”

O projeto de enriquecimento do urânio a 20%, segundo o embaixador, será associado ao plano de compra do produto de outros países. Ele negou que ocorra desrespeito a normas internacionais. “O Irã esperou, provou que esses países ocidentais estão mentindo, não foram sinceros. Portanto, o Irã mesmo começando a produzir urânio enriquecido em 20% também está disposto a comprar e não desrespeitou nenhuma regulamentação internacional. Esse trabalho respeita a Agência Internacional de Energia Atômica”, disse.

EUA e França ameaçam com sanções

Os governos dos Estados Unidos e da França lideram um movimento para que a comunidade internacional pressione o Irã a recuar na decisão de ampliar seu programa nuclear a partir do enriquecimento do urânio a 20%. Para os norte-americanos e franceses, a saída, se o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad insistir na iniciativa, é impor mais sanções contra o Irã. Uma das alternativas é dificultar o acesso a combustíveis.

Nesta segunda-feira (8/2), houve uma reunião com representantes das áreas de Defesa e Relações Exteriores com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, cujo tema foi a iniciativa iraniana sobre o enriquecimento de urânio.

“Será necessário que toda a comunidade internacional trabalhe junta, para tentar pressionar [o governo do Irã]. O ponto de pressão é trazer os iranianos de volta para as negociações e resolver esta questão de uma forma que evite que o Irã obtenha uma arma nuclear”, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gate.

O ministro da Defesa da França, Herve Morin, acrescentou ainda que sem recuo do Irã será impossível escapar das sanções internacionais. “Toda a comunidade internacional, particularmente o presidente [Barack] Obama, tenta há meses retomar as condições para um diálogo com o Irã. O objetivo é simples de que [o Irã] abandone o programa. Programa que estamos convencidos estar ligado ao desenvolvimento de um programa militar”, disse.

Segundo Morin, não há dúvidas de que os projetos desenvolvidos na área nuclear têm fins militares. O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, admitiu que a sanção é uma espécie de retaliação a ser aplicada contra o Irã. “É uma verdadeira chantagem. A única coisa que podemos fazer é aplicar sanções, já que as negociações não são possíveis”, disse ele.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas já impôs três rodadas de sanções ao Irã. O conselho de segurança é formado por 15 países, dos quais, entre os cinco permanentes: Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China, quatro são favoráveis às sanções.

Atualmente o Irã enriquece urânio a 3,5%, mas são necessários 20% para o funcionamento do reator nuclear de Teerã, desenhado para produzir isótopos para fins medicinais. Para construir uma bomba atômica é necessário ter urânio enriquecido em ao menos 90%.  



منبع: Agência Brasil

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